Apresentando um variado leque de estilos musicais, evento prestigia composições autorais de artistas da região
O Sesc Sorocaba realiza dia 26, sábado, às 17h, mais uma edição do festival [REC]omeço: Entre redes, acordes e afetos. Contando com onze atrações, entre bandas e artistas solo, o evento abrange a maior parte do que é produzido em música autoral na cidade e região, contemplando uma diversidade de vozes, estilos e estéticas musicais. Assim como na primeira edição, durante os shows o público poderá interagir ao vivo com os artistas via chat. O festival será transmitido no canal do Youtube do Sesc Sorocaba (youtube.com/sescsorocaba). Confira a programação completa:
Ananda Jacques
A cantora e compositora, natural de Sorocaba, aborda a ancestralidade, a afro religiosidade e o afeto, compreendendo o tradicional e dialogando com o afro futurismo. Possui bagagem de apresentações em casas noturnas, além de importantes festivais, como SONORA – Ciclo Internacional de Compositoras, Festival Lollo Terra de MPB (premiada como melhor cantora em 2018) e Festival FEBRE. Atualmente, a artista trabalha na divulgação do single “No Espelho”, parceria com Juliane Gamboa, discorrendo sobre intimidade e autoamor sob a ótica e vivência de mulheres pretas.
Arroeira
Banda sorocabana, formada por Fernanda Teka, Menian Miranda e Manu Neto, que traz por inteiro as referências de cada integrante. Suas composições passeiam por ritmos diversos e têm como destaque as letras e voz de Fernanda Teka, somadas ao swing contagiante da percussão de Manu e às ideias harmônicas do violão de Menian, elaboradas dentro de um universo popular e atual. Em uma ambiência extrovertida, passeiam pela MPB e batuques do samba até chegar às rimas do rap e reggae.
Banda da Feira
Grupo de música tradicional brasileira influenciado por diversos ritmos, mas com um forte trabalho de pesquisa voltado ao forró pé-de-serra, em que o tradicional e o contemporâneo se misturam. Seu primeiro álbum autoral, intitulado “Pés no Chão” (2017), revela inúmeras paisagens sonoras oriundas das letras e ritmos explorados pelo grupo. Ijexá da Bahia, Maracatu de Pernambuco, Bumba meu Boi do Maranhão e o Forró-pé-de-serra se entrelaçam e se complementam neste som.
Danielle Domingos
Cantora e compositora formada pelo Conservatório de Tatuí, traz a voz como um instrumento ilimitado e criativo, e em suas composições recebe influências desde os cantos e ritmos das culturas tradicionais brasileiras e latinas até as melodias intrincadas da música instrumental. Lançou, em 2019, seu primeiro disco “Aracê”, com Fábio Leal, com quem se apresentou no 7º Encontro Internacional de Músicos (URU) em 2013. Atualmente prepara o EP “Caminhada” para lançamento em 2021.
Gui Silveiras
Compositor, violonista e guitarrista, Gui Silveiras carrega em suas composições, toda bagagem de estudos formais de música, junto a elementos da ancestralidade, resultando em composições com uma forte “africanidade”, com referências de samba e toques de terreiro, e que também soam vanguardistas, possibilitando-nos lembrar de Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Toninho Horta e Hermeto Paschoal.
Marco Bir
Compositor e músico, atua a partir da cidade de Sorocaba. Suas composições com letras que abordam crônicas do cotidiano atravessado pelo cenário sociopolítico, trazem lirismo e estética inspirada por grandes expoentes da música. Trabalhou na criação de trilhas sonoras para curtas e grupos de teatro (Cia Imediata e Trupé de Teatro). Integra “O Fantástico Conjunto dos Corações Desimpedidos do Baixo Centro” e lançou seu primeiro álbum solo, intitulado “Manhã de Carnaval”, em 2019.
Murillo Augustus
Presença constante em palcos de diversos estados do Brasil há vários anos, Murillo Augustus desfila um repertório refinado atraindo um público fiel com seu carisma e versatilidade. Mesmo estando à margem do mainstream, o músico consegue aliar uma carreira autoral respeitosa com seis álbuns em seu catálogo, todos disponíveis em plataformas digitais, a uma agenda cheia, com cerca de 300 apresentações anuais, no formato One Man Band.
Pupa Kanda
Imigrante angolano, poeta, cantor e articulador de movimentos sociais em pautas de representatividade afrodescendente e pan-africanismo, o multiartista junta-se ao guitarrista Juan Manrique (Perú), ao percussionista Nico Noya (Argentina), à baixista Julia Gunther (Brasil) e ao baterista Mano Mira (Brasil) para desenvolver um trabalho musical que resgate e fusione os ritmos característicos de Angola, como Kazukuta, Kilapanga e Zemba, com ritmos afrodescendentes da América, como Festejo, Maracatu e Reggae. Com poesias em português e Kimbundu, o trabalho contribui com a divulgação da cultura Bantu, muito inserida na cultura afro-brasileira
Sujeira Urbana
Formado em 2015, na cidade de Sorocaba, o grupo tem como principal proposta a união e fortalecimento entre os artistas da cena hip hop local. Formado por GNJ, Pure Hemp, Victor Draw, Tarik, Roger Torquato, STGA e DJ João Porém, o grupo lançou em 2019 o álbum “A.M.E.M – Alguns Modos de Enxergar o Mundo”, disponível nas principais plataformas de streaming, além de acumular um histórico de shows de abertura para importantes nomes do rap nacional, como Racionais Mcs, Criolo, Emicida, Rincon Sapiência e Djonga.
Varal Estrela
Banda formada em Itapeva (SP), por Thaís Rolim, Rodolfo Braga, Lucas Silva e Thalles Macedo. Com seu primeiro álbum lançado no segundo semestre de 2019, Varal Estrela é bastante reconhecida por suas evidentes influências de música brasileira, misturadas com indie rock, sem deixar de soar pop. Suas letras falam sobre o cotidiano a partir de um filtro interiorano.
Wry
Com uma trajetória de 25 anos, a história desta banda se confunde com a história da cultura alternativa de Sorocaba e região, onde vem realizando não só os próprios projetos, mas também colaborando no cenário musical como um todo. Sua sonoridade se alinha ao rock alternativo com influências de shoegaze e pós-punk. Com letras em inglês e português, atualmente a banda trabalha na produção de seu mais novo disco “Noites Infinitas”, com lançamento previsto para o final de outubro.
[REC]omeço: Entre redes, acordes e afetos é um projeto do Sesc Sorocaba que nasceu com o propósito de fomentar a cena cultural da cidade e região, já que tanto artistas quanto público interessado foram duramente impactados pelo isolamento social imposto pelo novo coronavírus. O festival abrange a maior parte do que é produzido em música na região, garantindo equidade de gênero e também representatividade de artistas negros e LGBTQ+, que constituem uma relevante parcela da produção local. A primeira edição está disponível na íntegra no canal do Youtube do Sesc Sorocaba.