O inverno chegou: atenção redobrada às infecções respiratórias

Foto Imagem Press Voice

Ventos mais gelados, tempo seco e garoas ocasionais. Esses são os sinais de que o inverno, a estação mais fria do ano, definitivamente começou. E com ele, roupas mais pesadas, chocolate quente, sopas e, também, doenças respiratórias passam a fazer parte do dia a dia das pessoas.

Afinal de contas, será que é mesmo verdade que durante o inverno as infecções contagiosas são mais comuns? Segundo a ciência, são vários os fatores que colaboram para que essa questão seja verdade. A começar pelos hábitos diários: muitas pessoas costumam se exercitar mais no verão e na primavera e, ao mesmo tempo, consumir alimentos mais leves nesses períodos.

No inverno, ficamos mais tempo em casa e optamos por refeições mais gordurosas, que podem impactar no sistema imunológico. Além disso, o pediatra e imunologista Dr. Bruno Paes Barreto, doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ressalta mais dois pontos importantes que fazem da estação a mais propensa para infecções.

“O primeiro ponto é em relação à sazonalidade. Os vírus possuem uma preferência durante essa época do ano, já que eles se incubam mais facilmente no frio. E em segundo lugar, no inverno tendemos a ficar mais tempo em ambientes fechados. Se está frio, então vamos ao cinema, ao shopping, entre outros, o que aumenta a transmissibilidade”, afirma.

Adote novos hábitos

Barreto também ressalta que, em situações pré-pandemia, a tendência de se aglomerar para passar o frio era maior. “Fechávamos as janelas de casas, escolas e ônibus, e com isso, evitávamos a circulação do ar, deixando-a comprometida”, reitera.

E esse tipo de atitude faz com que os vírus tenham um ciclo maior nos dias de frio. É por isso também que as vacinações de outras doenças infecciosas, como a da gripe se intensificam, nesse período do ano.

Mas o pediatra e imunologista alerta que, com a pandemia de Covid-19, causada pelo vírus Sars-Cov-2, algumas lições foram deixadas, e que podem evitar que o contágio desses e de outros vírus seja maior no futuro.

“Ter cuidados de higiene com as mãos é algo que aprendemos diante do cenário de pandemia, por exemplo. E o uso das máscaras também virou parte da rotina. Em países do oriente como o Japão, se alguém fica um pouquinho resfriado, eles já têm o hábito de usar uma máscara, pensando conscientemente nas outras pessoas”, exemplifica.

E hoje, mesmo que não seja por conta de Covid-19, Barreto diz que os brasileiros também podem ter essa consciência de diminuir a transmissibilidade com hábitos preventivos para o resto da vida. “Outros costumes que podemos adotar no dia a dia incluem ter uma alimentação melhor e optar pelo uso de vitaminas C, D, e probióticos que possam fortalecer o sistema imunológico”, conclui.

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