O salário mínimo no Brasil deveria ter sido de R$ 5.583,90 em agosto. A conclusão é do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. É um pouco mais de 5 vezes o valor do piso nacional em vigor, que é de R$ 1.100.
O valor ideal estimado em agosto é maior do que o salário ideal estimado em julho, que foi de R$ 5.518,79. Todos os meses, o Dieese faz essa estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para bancar a moradia, a alimentação, a educação, a saúde, o lazer, o vestuário, a higiene, o transporte e a Previdência Social do trabalhador e de sua família – considerando uma família de 4 pessoas, dois adultos e duas crianças. São necessidades tidas como básicas na Constituição Federal.
Para o cálculo, o órgão considera o valor da cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas. No mês passado, os preços do conjunto de alimentos básicos tiveram alta em 13 das 17 capitais pesquisadas e a cesta mais cara foi registrada em Porto Alegre: R$ 664,67
Todo mês, o Dieese também estima o tempo médio que o brasileiro precisa trabalhar para comprar os produtos da cesta. Em agosto, o tempo médio de trabalho nas 17 capitais apenas para comprar produtos básicos para o mês foi de 113 horas e 49 minutos.
Considerando uma jornada diária de 8 horas de trabalho, dá para dizer que são necessários 14 dias, 1 hora e 49 minutos de trabalho apenas para comprar produtos da cesta básica de alimentos.