Aumento é devido a cotação do dólar e da entresafra
Os consumidores de Itararé já sentiram no bolso a alta de preços nos supermercados da cidade. Mas ao contrário do que se pensa, a pandemia não é a responsável pela alta dos produtos, e os mercados não têm superfaturado para lucrar mais em meio à crise.
O que acontece é que nas últimas semanas alguns alimentos que compõem a cesta básica encareceram, como por exemplo o arroz, leite e óleo de soja.
Isto se deve ao aumento geral de pelo menos 30% nos alimentos. A título de comparação, a inflação acumulada nos últimos 12 meses, de acordo com IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), está em 2,31%. E, os maiores motivos dos preços nas alturas são a cotação do dólar e a entresafra.
O litro do leite saltou de R$ 3,69 (na média) para R$ 4,55 (na média), mas segundo o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em economia Aplicada/Esalq/USP), esta disparada se deve a entresafra. Já o arroz sofreu alta constante devido ao dólar na casa dos R$ 5 e das exportações. O óleo de soja disparou também pelos mesmos motivos (cotação do dólar) e devido a colocação de muitos grãos no mercado externo, onde se usa muita soja para o esmagamento, destinados a produção de biodiesel.
Com isto produtos derivados como pão, biscoitos, macarrão também subiram. Além do leite, arroz e óleo de cozinha, sofreu aumento a carne por conta do custo com o trato do boi, aves e suínos. A bovina subiu em média 10% e a carne de porco teve cerca de 20% de reajuste.
Entre as razões para a alta do preço da carne é que a ração para o trato dos animais tem em sua composição básica a soja e o milho, que estão com custo elevado devido ao impacto da alta do dólar. Assim como o feijão, café e açúcar, que também compõem a cesta básica do brasileiro sofreram alta nos últimos meses por causa da moeda americana.
Importação
O Ministério da Agricultura confirmou na última semana que avalia retirar temporariamente as tarifas de importação de arroz, milho e soja, preocupado com o aumento dos preços no mercado interno. A ideia está em discussão e deverá ser levada à Câmara de Comércio Exterior (Camex), formada pela pasta e por ministérios como da Economia e de Relações Exteriores. De acordo com fontes do Ministério da Economia, o órgão é favorável à redução de tarifas.
O pedido ainda não foi formalizado e precisa de uma solicitação anterior do setor privado, o que, no caso do arroz, já foi feito. A alíquota de importação para países fora do Mercosul é de 12% para o arroz e 8% para soja e milho.
De acordo com a nota do Ministério da Agricultura, o secretário de Política Agrícola, César Halum, destacou que, caso aprovada, “a adoção dessa medida teria caráter preventivo, visto que não há sinais de desabastecimento e nem há necessidade de importação desses produtos pelo Brasil”. Segundo a pasta, a proposta entra ainda este mês na pauta do Comitê Executivo de Gestão (Gecex), núcleo executivo colegiado da Camex.
Fonte: Ministério da Agricultura
Improvisar
Com a alta da cesta básica o jeito é procurar alternativas para incrementar o prato com produtos que baixaram. Entre eles estão a batata, tomate e a couve-flor. Uma torta de tomate ou de couve-flor ou um purê de batata também são uma deliciosa opção enquanto os produtos não baixam de preço.
Economia
Uma dica para quem quer economizar é tirar um tempinho e fazer pesquisa de preços. Pensando no consumidor, a rede de Supermercados Cofesa tem semanalmente uma lista de ofertas que podem ajudar e fazer a diferença no final do mês. Confira no nosso site as promoções que vão até o dia 13 de setembro.
Fontes: IBGE, Ministério da Agricultura, CEPEA/USP, Rede Cofesa Supermercados
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