Um déficit bilionário nas contas da Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, vai encarecer a conta de luz dos brasileiros.
Segundo dados da Agência, em razão da pandemia, a arrecadação da bandeira tarifária do ano passado ficou comprometida.
Para relembrar, em 2020 cobrança da taxa extra na conta de luz, a chamada bandeira tarifária, ficou suspensa entre junho e novembro.
Esse mecanismo, que impõe taxas extras a depender da cor da bandeira adotada, amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, serve para cobrir os custos de um uso mais intenso das termelétricas, usinas que geram energia mais cara e que são mais demandadas quando os níveis de água nas hidrelétricas estão baixos.
A suspensão da cobrança extra nos meses em que o país consumiu energia mais cara causou déficit de 3 bilhões e 100 milhões de reais nas contas da Aneel. Custos que, agora, serão repassados ao consumidor.
Segundo a Agência, esse valor vai compor o reajuste de 2021 nas tarifas das distribuidoras de energia. Em outras palavras: vai ajudar a encarecer um pouco mais as contas de luz.
O diretor-geral da Aneel apontou que não há previsão para uma nova mudança nos valores cobrados pela bandeira tarifária e disse que o mecanismo está “bem calibrado”, ou seja, arrecada o suficiente para cobrir os custos.
Está descartada, porém, uma revisão nos preços das bandeiras, neste momento.
Atualmente, a bandeira Amarela, que é a que está em vigor neste mês de fevereiro, gera uma taxa extra na conta de R$ 1,34 para cada 100 kWh consumidos.
Na bandeira Vermelha 1, o custo sobe para R$ 4,16, também para cada 100 kWh consumidos e é de R$ 6,24, quando a bandeira adotada é a Vermelha 2.
Já a bandeira verde, que costuma estar em vigor nos períodos mais chuvosos do ano, sinaliza que a cobrança extra está suspensa.