Brasil adota pela primeira vez uso de implante para tratar a depressão resistente. O aparelho ativa o nervo vago, o mais longo do corpo humano, que conecta o tronco cerebral a quase todos os órgãos essenciais.
O dispositivo já tem sido utilizado para controlar crises epilépticas e foi observada melhora também da depressão, nos pacientes que apresentavam os dois quadros.
A alternativa de tratamento é autorizada nos Estados Unidos e Inglaterra, e no Brasil obteve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.
Dois pacientes brasileiros com depressão resistente, que não respondem às terapias convencionais, foram selecionados para receber o dispositivo.
O aparelho é implantado sob pele, abaixo da clavícula esquerda, e uma segunda incisão é realizada no pescoço para fixar os eletrodos, com uso de anestesia geral.
Nos testes clínicos realizados com cerca de 800 norte-americanos, 70% apresentaram melhora significativa da depressão resistente. Além disso, aproximadamente 40% dos pacientes tiveram recuperação completa.