A Prefeitura de Itapeva, por meio da Secretaria da Saúde analisou os dados divulgados, em maio deste ano, pelo Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, os quais revelam que o número de mortes de grávidas e puérperas – mães de recém-nascidos – por Covid-19 mais que dobrou em 2021 em relação à média semanal de 2020. Além disso, o aumento de mortes neste grupo ficou muito acima do registrado na população em geral.
De acordo com a pesquisa, uma média de 10,5 gestantes e puérperas morreram por semana em 2020, chegando a um total de 453 mortes no ano passado em 43 semanas epidemiológicas. Já em 2021, a média de óbitos por semana chegou, até 10 de abril, a 25,8 neste grupo, totalizando 362 óbitos neste ano durante 14 semanas epidemiológicas.
Segundo o levantamento, houve um aumento de 145,4% na média semanal de 2021 quando comparado com a média de mortes semanal do ano passado. Enquanto isso, na população em geral, o aumento na taxa de morte semanal em 2021 na comparação com o ano anterior foi de 61,6%.
O Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19 (OOBr Covid-19) é um painel dinâmico com análises dos casos de gestantes e puérperas notificados no SIVEP-Gripe. É formado por pesquisadores da UFES, USP e FACENS e tem o financiamento da Fundação Bill-Melinda Gates, CNPq, DECIT e FAPES.
*Em Itapeva:*
Atualmente, o município está com 15 gestantes positivas para Covid-19 em monitoramento. Até o momento, o município registrou 5 (cinco) óbitos maternos de mulheres que se contaminaram na gestação ou no período puerpério (até 45 dias pós-parto).
Para evitar que a situação se agrave em Itapeva, a Secretaria da Saúde orienta que os cuidados sejam redobrados, com o objetivo evitar que as gestantes e puérperas sejam contaminadas. Mesmo com a vacina, é de extrema importância que este público mantenha-se em isolamento e só saia se for realmente necessário.
O tipo de transmissão mais comum é a proximidade com pessoas infectadas, por isso manter sempre o distanciamento e uso de máscaras.
Os sintomas mais comuns entre as gestantes são tosse e febre, seguidos por perda de paladar, diarreia, mialgia e dispneia. Ao sentir qualquer sintoma, a gestante deve procurar a Unidade de Saúde do bairro em que mora imediatamente.
Estamos vivendo dias difíceis. Se você sonha em engravidar, orienta-se que aguarde até que a pandemia esteja mais controlada e que a maior parte da população seja vacinada.
*É lei!*
A lei 14.151/21, de 12 de maio de 2021, dispõe sobre o afastamento da empregada gestante das atividades de trabalho *presencial* durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo Coronavírus. Ou seja, a empregada gestante deve ser afastada do trabalho presencial durante a pandemia, mas deve estar à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância.