Profissionais querem ter mais flexibilidade no trabalho

Uma pesquisa do Empregos.com.br, um dos maiores portais de recrutamento e seleção do Brasil, revelou que a maioria dos profissionais querem mais flexibilidade. Mais de 80% dos entrevistados afirmam ter preferência por vagas remotas ou híbridas; 86,6% consideram trocar de emprego por outro com políticas mais flexíveis e 22,6% não estão satisfeitos com a jornada de 44 horas semanais, prevista na CLT.

Entre os fatores apontados como mais atrativos no home office, o trabalho ‘anywhere’, ou seja, a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, teve 62,8% da preferência. Completam o ranking de favoritismo o ganho de tempo de deslocamento (47,7%), flexibilidade de horários (45%) e a proximidade com a família (30,2%).

Para Leonardo Casartelli, diretor de marketing do Empregos.com.br, os números demonstram o quanto as pessoas querem continuar priorizando o bem-estar, o tempo livre e a saúde.
“A pandemia da Covid-19 fez mudar as expectativas dos profissionais em relação ao futuro do trabalho. A experiência do home office nos últimos dois anos mostrou que é possível manter a produtividade sem a necessidade de estar no escritório, tudo isso conciliando suas vidas pessoais com o serviço”, explica o executivo. “A flexibilidade virou um desejo profissional”, garante.

Ainda, segundo o levantamento, 82,7% dos trabalhadores aceitariam deixar de receber benefícios para trabalhar em casa. Além dos convencionais vale-refeição, vale-transporte e assistência médica, os benefícios que mais atraem os profissionais neste momento são bonificação ou participação nos lucros (66,3%), auxílio home office (39,8%) e desconto em cursos (35,8%).

A pesquisa apontou que a saúde emocional também é uma preocupação dos entrevistados. Dos respondentes, 40,5% relataram problemas de ansiedade, 28,2% estresse e 21,4% insônia, relacionados à jornada de trabalho durante a pandemia. Nesse sentido, aproximadamente 96% acreditam que aspectos ligados à saúde emocional dos colaboradores devem ser olhados com atenção e tratados como prioridade nas empresas.

O interesse com o bem-estar dos funcionários deve continuar na agenda das companhias nos próximos anos, diz Casartelli. “Entender as mudanças no mercado e no perfil dos trabalhadores será essencial para manter e continuar atraindo talentos. Desse modo, é essencial incluir a saúde, tanto física quanto psicológica, na pauta dos cuidados básicos da gestão das pessoas, para assegurar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo daqui para frente”, finaliza.

A pesquisa foi realizada com 1.538 mil profissionais de todo o país, entre homens e mulheres. Foram entrevistados trabalhadores dos setores de serviços, comércio, tecnologia, industrial, telecomunicações e financeiro.

Fonte: Mundo RH

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