Relatório da Fiocruz identifica áreas de maior risco de espalhamento do Covid-19

Municípios do interior de São Paulo e do Rio de Janeiro também devem apresentar surtos em breve

Avanço do novo coronavírus vai levar os centros urbanos do Brasil a enfrentar situações mais graves, no curto prazo.

A previsão é de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, e da Fundação Getúlio Vargas, a FGV.

Ela está no relatório “Estimativa de risco de espalhamento do Covid-19 no Brasil e o impacto no sistema de saúde e população por microrregião.

O documento analisa o risco de epidemias pelo País, a partir da exportação de casos de São Paulo e do Rio de Janeiro.

De acordo com os cientistas, as duas cidades já possuem transmissão sustentada da doença e devem se tornar o principal foco de disseminação a partir de agora.

A estimativa é de que além dos centros urbanos das regiões Sul e Sudeste, as capitais Recife e Salvador deverão enfrentar uma situação difícil, com potencial para acumular casos graves.

Além da conectividade aérea, o estudo leva em conta o percentual de população de risco, acima de 60 anos e de 80 anos, elevado nessas regiões.

Municípios do interior de São Paulo e do Rio de Janeiro também devem apresentar surtos em breve, em razão do deslocamento diário de pessoas para as capitais.

O relatório da Fiocruz e da FGV identifica que São Paulo apresenta maior potencial de rápida dispersão do novo coronavírus para os demais estados.

Apesar das estimativas, o pesquisador e coordenador do estudo Marcelo Gomes explica que tudo vai depender das medidas que forem tomadas a partir de agora para conter o vírus.

A população pode colaborar ao adotar as medidas recomendadas pelos órgãos de saúde, entre elas evitar aglomerações e higienizar as mãos com frequência.

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