Com mais uma semana de queda nos indicadores de internações, mortes e de novos casos por covid-19, embora estes continuem em patamar bastante elevado, o governo de São Paulo decidiu estender por mais uma semana a chamada fase de transição. Essa medida vai durar até o dia 9 de maio.
A novidade é que o governo paulista decidiu ampliar um pouco mais o horário de funcionamento do comércio e dos serviços, de 11h às 19h para 6h às 20h. O período estendido passa a valer a partir de sábado (1º).
A fase de transição funciona entre a Fase 1-Vermelha, onde somente serviços considerados essenciais podem funcionar, e a Fase 2-Laranja, onde comércio e serviços [com exceção de bares] podem funcionar com capacidade estipulada em até 40%.
A fase de transição teve início no dia 18 de abril e foi dividida em duas etapas. Na primeira delas, que durou até o dia 23 deste mês, as atividades comerciais passaram a ser permitidas. Já nessa semana, além das atividades comerciais, também foram liberadas as atividades do setor de serviços. Com isso, restaurantes e similares, salões de beleza e barbearias, parques, atividades culturais e academias puderam reabrir, com exceção dos bares. Todas essas atividades só podem funcionar com capacidade limitada a 25%.
A fase de transição mantém liberadas as celebrações individuais e coletivas em igrejas, templos e espaços religiosos, desde que seguidos rigorosamente todos os protocolos de higiene e distanciamento social. Parques estaduais e municipais também poderão ficar abertos, mas com horário das 6h às 18h.
Também serão mantidos o toque de recolher, das 20h às 5h, além da recomendação de teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.
O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O plano divide o estado em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase do plano, dependendo de fatores como capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.
Queda internações
O número de pessoas internadas vem caindo há quatro semanas consecutivas em São Paulo. Mesmo assim, a quantidade de pacientes internados hoje é superior ao pico registrado no ano passado. “Os números ainda são altos. No início do ano, tínhamos uma média de 200 novos casos a cada 100 mil habitantes. E hoje estamos com 428 novos casos por 100 mil habitantes. E tínhamos 50 internações por 100 mil habitantes no início do ano e hoje temos 72 internações por 100 mil”, falou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, lembrando que, no pico da pandemia, nesta segunda onda, esses números alcançaram 500 novos casos a cada 100 mil habitantes e 100 internações a cada 100 mil habitantes.
Hoje (28), a taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) por pacientes graves com covid-19 está em 80% no estado de São Paulo, com um total de 10.426 internados. Além disso, há 11.686 pacientes internados em enfermaria. No momento mais crítico da pandemia, no final do mês passado, o estado chegou a ter 13.120 leitos de UTIs ocupados.
Agência Brasil