Vereadora é investigada por trocar autodeclaração de cor ao se candidatar para deputada

Foto Debora Marcondes/ Arquivo

Na noite da última segunda-feira (22) a Câmara de Itapeva A Câmara Municipal instaurou uma Comissão Processante (CP) para investigar as denúncias que acusam a vereadora Débora Marcondes (PSDB) de tentar se beneficiar das cotas a candidatos que se declaram pretos ou pardos nas eleições 2022. A CP contou com dez votos à favor e cinco contra.

De acordo com os requerentes, a vereadora, que é candidata a deputada estadual nas eleições 2022, teria se autodeclarado parda no registro de candidatura. No entanto, nas eleições anteriores, a vereadora se declarou branca.

Segundo o Coletivo de AfroIdentificação Quilombagem Urbana, que fez a denúncia, ao ser questionada sobre o registro, a candidata teria bloqueado os integrantes do grupo nas redes sociais. Durante a sessão, Débora Marcondes afirmou que “a denúncia é totalmente incabível” e disse: “Sou uma mistura. Todos nós somos. Tenho origens negras e japonesas”.

Em nota, a vereadora afirmou que a denúncia é caluniosa e foi feita com finalidade eleitoral pois os denunciantes “apoiam outros candidatos a deputado estadual”. Ela afirmou ainda que não fez nada irregular e que fez a alteração do registro de candidatura antes de qualquer denúncia e antes de começar a campanha. 

“A maioria dos vereadores estão bravos por eu ter cortado privilégios políticos e diminuir os salários de vereadores pela metade e ser muito atuante, sendo umas das vereadora que mais apresentou leis no Estado de SP”, completou a parlamentar.

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